Secretaria de Educação - Igrejinha/RS - Educação Infantil

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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Projeto EMEI PIMK

PROJETO:
UEBITH, UEBITH...SAPO VIRA PRÍNCIPE?




JUSTIFICATIVA:
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: “O mundo onde as crianças vivem se constitui em um conjunto de fenômenos naturais e sociais indissociáveis diante do qual elas se mostram curiosas e investigativas. Desde muito pequenas, pela interação com o meio natural e social no qual vivem, as crianças aprendem sobre o mundo, fazendo perguntas e procurando respostas às suas indagações e questões. Como integrantes de grupos socioculturais singulares, vivenciam experiências e interagem num contexto de conceitos, valores, ideias, objetos e representações sobre os mais diversos temas a que tem acesso na vida cotidiana, construindo um conjunto de conhecimentos sobre o mundo que as cerca.”.
A partir disso percebemos que nossas crianças trazem uma bagagem de conhecimentos e questionamentos sobre os mais variados assuntos que as cercam, então começamos as observar suas ações em diversos momentos do cotidiano. Certo dia a colega Laisa perguntou: “Né profe que sapo vira príncipe?”, paramos, pensamos um pouco e então perguntamos de volta a ela: “Será?”, e voltamos para a turma e perguntamos para as crianças o que achavam sobre o que a colega havia nos trazido, cada criança deu sua opinião sobre o assunto, então convidamos a turma para fazer uma pesquisa sobre o mesmo. A turma mostrou uma grande euforia com esta ideia, então pensamos em desenvolver atividades lúdicas, atividades de pesquisa, brincadeiras diversificadas, etc., que possam envolver as crianças e que torne a aprendizagens delas prazerosa.

OBJETIVOS GERAIS:
Conhecer a importância do sapo para o meio ambiente, observando seu desenvolvimento, adquirindo hábitos especiais de higiene e segurança no trato com os animais;
Conhecer um pouco mais sobre príncipes e princesas, fazendo a comparação da fantasia com mundo real, a fim de conhecer os príncipes e princesas do mundo real e do mundo mágico, de forma que as crianças possam vivenciar momentos de aprendizagens significativas para o seu desenvolvimento;

DESENVOLVIMENTO:

No primeiro momento, fizemos a técnica da “CAIXA SURPRESA”, com a imagem de um SAPO dentro, onde cada criança olhou o que tinha na caixa, para criar suas próprias hipóteses sobre o que havia lá dentro.

Após, socializamos com a turma sobre o que havia dentro da caixa. Então conversamos sobre o SAPO e em seguida, confeccionamos um cartaz com: “O que sabemos sobre o sapo! E o que queremos saber sobre ele?”, onde as crianças citaram suas hipóteses e questionamentos sobre o assunto. Pintamos algumas carinhas de sapo para enfeitar nosso cartaz e nossa porta.

Fizemos uma gincana, em que as equipes eram as meninas contra os meninos, onde brincamos com as brincadeiras: “CORRIDA DO SAPO” e “CABO DE GUERRA DOS SAPINHOS”.                        

Noutro momento, novamente fizemos a técnica da “CAIXA SURPRESA”, onde havia um PRÍNCIPE lá dentro. Cada criança olhou o que tinha dentro, para criar suas próprias hipóteses sobre o que havia lá.
Fizemos um momento de socialização com a turma, onde cada um relatou suas hipóteses sobre a caixa, e após então, conversamos sobre o PRÍNCIPE. Confeccionamos um cartaz com: “O que sabemos sobre o príncipe! E o que queremos saber sobre ele?”.

Fizemos um momento de imitação, em que cada criança imitou um príncipe de contos de fadas. Em seguida, brincamos com a brincadeira: “A LINDA ROSA JUVENIL”.

Dando seguimento ao projeto, nós fizemos um cineminha com pipoca, onde assistimos ao desenho: “A PRINCESA E O SAPO” – Disney.
Após, nós conversamos sobre o desenho e, em seguida modelamos os personagens da história utilizando massa de modelar. Depois de prontas as modelagens, cada criança apresentou sua obra aos demais colegas.

Ao final da tarde quando não havia mais crianças, fizemos algumas pegadas de sapo pela sala para instigar a curiosidade das crianças. Quando entraram na sala no outro dia, e perceberam as pegadas do sapo, as crianças ficaram eufóricas, questionando como o sapo havia feito aquilo na nossa sala e queriam sair para procurar o sapo.

A professora Natália teve que acalmá-las, até a professora Darliane chegar, pois ai nós iríamos ver o que ia ser feito em relação ao sapo misterioso.

Assim que a professora Darliane chegou, foi aquele alvoroço, todos queriam mostrar e contar o que havia acontecido.

Então, fizemos uma roda de conversa, onde preparamos as crianças com a seguinte história: “SABIA QUE AS PROFESSORAS VIRAM UMA BRUXA VOANDO PELO CÉU, HUHUM, E ACREDITAMOS QUE ELA TENHA PRENDIDO O SAPO DAS PEGADAS EM ALGUM LUGAR DA ESCOLA. POR QUE ELA DISSE QUE QUERIA USAR O SAPINHO EM UMA DAS SUAS POÇÕES. ELA SÓ NÃO LEVOU O SAPO POR QUE VIU QUE APARECEU MUITA GENTE NA HORA QUE ELA IA COLOCAR O SAPO NA SUA VASSOURA... O QUE VOCÊS ACHAM DE A GENTE SAIR PARA PROCURAR ONDE A BRUXA PRENDEU O SAPO?”.
Então a turma saiu à procura do “sapo das pegadas”.

Imagina a euforia das crianças quando encontraram o sapo. Neste momento se juntou vários sentimentos dentro de cada criança, pois ao mesmo tempo em que demonstravam medo do sapo, elas também queriam ver ele de perto, tocar nele, pegar na mão. E também salvá-lo, pois a bruxa havia prendido ele!
A professora pegou o sapo na mão e virou-o de barriga para cima para que as crianças pudessem observar sua pele, como é a textura e coloração da mesma. Quem queria tocar na barriga do sapo colocou uma luvinha para o caso de o sapo fazer xixi e não pegar em sua mão. Aprendemos que o veneno do sapo fica na parte de cima da sua cabeça, onde ali se alojam duas bolsinhas com a toxina e, que ele só libera seu veneno quando sente dor ou sente-se ameaçado por algum predador.

A professora virou o sapo de barriga para baixo segurando-o com uma luva, pois se ele fizesse xixi na mão dela, não teria problema, então as crianças que sentiram vontade, puderam tocar no sapo. Foi um momento muito incrível, porque todas as crianças estavam bem atentas aquele momento e a maioria das crianças quiseram tocar no sapo mostrando-se bem à vontade naquele momento.

Após este momento decidimos que o sapo tinha que ir para um lugar bem úmido porque senão ele iria morrer. Então a professora Darliane atravessou a rua e largou-o no potreiro na frente da escola. As crianças ficaram observando este momento com muita alegria e entusiasmo.

Depois de colocarmos o sapo em sua nova casa, passamos no banheiro para fazer a higiene das mãos, onde as lavamos com bastante sabonete, em seguida retornamos para sala.
Ao chegarmos à sala, fizemos uma roda onde socializamos com os colegas sobre como foi este momento com o sapo. Sugerimos então às crianças em fazermos um texto coletivo desde o começo da manhã quando viram as pegadas do sapo até o momento de levarmos ele ao seu novo lar.  O texto ficou bem criativo, pois todos colaboraram com uma parte do texto fazendo seu relato sobre a experiência vivenciada. Depois de pronto o colocamos exposto ao lado de fora da sala.

E assim continuamos nossos trabalhamos de pesquisa do sapo. Porem algo no meio do caminho estava também tomando a atenção das crianças, pois a turma estava cantando a todo momento a música: “LEPO, LEPO”, e assim nós sugerimos às crianças para criarmos uma paródia sobre o sapo, no ritmo desta música. As crianças adoraram a ideia e todos colaboraram com a criação da letra da mesma, que ficou assim:

SAPO, SAPO
AH, EU JÁ NÃO SEI O QUE FAZER,
EU VIREI UM SAPO E TO SÓ BATENDO PAPO
AH, NÃO TENHO MAIS PRA ONDE CORRER
JÁ FUI DESPEJADO E PRECISO ACHAR UM LAGO
AGORA EU PRECISO DE UM BEIJO
SERÁ QUE ALGUÉM VAI QUERER?
AGORA VOU SABER A VERDADE...
SE É DINHEIRO, SE É AMOR OU CUMPLICIDADE
EU TENHO VERRUGAS, EU SOU GOSMENTO
E SE FICAR COMIGO EU
HAHAHAHAHAHAHA EU VIRO UM PRÍNCIPE
VAI SER BOM DEMAIS QUANDO
HAHAHAHAHAHAHA EU VIRAR UM PRÍNCIPE...
EU COAXO, EU COAXO E NÃO CONSIGO MAIS PARAR
POR QUE...
HAHAHAHAHAHAHA EU SOU UM SAPO
HAHAHAHAHAHAHA EU SOU UM SAPO...

Noutro momento, fizemos uma hora do conto com a turma, onde contamos a história: “O SAPO BOCARRÃO”, utilizando figuras dos personagens da história.
Após a história, nós conversamos sobre a mesma e convidamos as crianças para fazer um Sapo Bocarrão de caixa de papelão, onde a encapamos com papel pardo e pintamos a mesma com carimbos das mãos das crianças em vários tons de verde.

Depois de pronto nosso sapo, nós brincamos com ele, arremessando bolas na sua boca grande.

Na aula de inglês aprendemos algumas palavras referentes ao projeto, como: Sapo, Príncipe, Princesa, Bruxa, Rei e Rainha.
RAINHA=QUEEM
SAPO=FROG
PRÍNCIPE=PRINCE
PRINCESA=PRINCESS
BRUXA=WITCH
REI=KING

Então, dando seguimento ao projeto fizemos uma hora do conto, onde contamos a história: “COISAS DE BRUXAS”, utilizando um livro tridimensional. Conversamos sobre a história. E então começamos a falar das coisas que temos medo, retomando que algumas pessoas tem medo de bruxa e também de sapo, e com o objetivo de fazê-las entender que todos nós podemos ter medo, mas que não podemos deixar este medo tomar conta da nossa vida. E então procuramos gravuras em revistas que pudessem representar o nosso medo e em seguida confeccionamos o seguinte cartaz: “EU TENHO MEDO DE...”.

Colocamos então o cartaz exposto no mural da área coberta, enfeitado com TNT preto. Ao lado do nosso cartaz colocamos um pedaço de papel pardo em branco com a seguinte escrita: “E VOCÊ FAMÍLIA TEM MEDO DE QUÊ?”, para que os membros da família pudessem escrever seus medos, para nós conhecermos um pouco mais de cada um. Estes medos, então foram recortados e colocados junto com os medos das crianças no “BAÚ DOS MEDOS”.

Queremos agradecer a todos os familiares que colaboraram escrevendo no nosso cartaz. Aqui vai a foto de algumas pessoas especiais que fazem parte da nossa comunidade escolar.            
Fizemos um momento de socialização sobre os nossos medos, em seguida, fizemos um desenho dos nossos medos em ¼ de folha de ofício. Depois de prontos, cada um mostrou o havia desenhado aos colegas falando o porquê tem medo daquela coisa, após o relato, cada criança guardou seu medo dentro do “BAÚ DOS MEDOS”, para compreenderem que nós temos direito de ter medo, mas o guardamos ele no nosso baú, pois não podemos viver com medo das coisas, não podemos deixar o medo tomar conta de nós. Ao término deste momento nós guardamos nossa caixa dos medos na estante da nossa sala em um cantinho.
Para entendermos que ter medo em excesso nos impede de ter uma vida normal nós assistimos ao desenho “A CASA MONSTRO”, que transmite a mensagem de que nem tudo que parece é. Conversamos sobre o filme e após, fizemos um desenho com giz no pátio sobre o mesmo.

A coordenadora Márcia trouxe uma barraca de acampamento para nos emprestar, assim que a professora Darliane chegou à escola, as duas montaram a barraca na área coberta para fazermos um momento de contação de história com as crianças.
Ao entrar na barraca, nós contamos algumas histórias de ‘terror’, onde cada criança criou uma história para contar aos demais. Numa certa hora a Bruxa apareceu do lado de fora da barraca e quis entrar, então todos nós mandamos ela embora, e então ela foi e não apareceu mais. Ao retornarmos à sala fizemos uma roda e em seguida socializamos com a turma como foi este momento. As crianças mostraram-se entusiasmadas com este momento e perguntaram se poderíamos fazer isso mais vezes. 

E assim continuamos o nosso projeto de pesquisa, pois ainda há muito o que pesquisar e aprender sobre o sapo...até chegarmos ao nosso ponto de partida “Sapo vira príncipe?”.

Este projeto ainda está em andamento, e pude perceber até agora, o interesse das crianças em pesquisar sobre os assuntos em questão. Todo questionamento que algum colega traz vira motivo de pesquisa, onde elas falam: “Não sabe? Vamos pesquisar.”. Todos estão muito envolvidos e participativos com todas as atividades realizadas no decorrer do projeto, pois elas realizam as atividades com prazer e alegria. São desafiadoras e estão sempre exigindo cada vez mais dos professores. Criativas, estas crianças conseguem criar textos e musicas praticamente sozinhas. Esperamos continuar aprendendo e descobrindo cada vez mais. 








Projeto enviado pela professora Darliane Fauth da Silva

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